Existirá o “novo normal” para o Dentista?

Estamos prestes a fazer 1 ano de pandemia, ou já passamos um pouco disso quando você estiver lendo essas linhas.

Gostaria de compartilhar a minha experiência profissional nesse período e pontuar alguns aspectos que afetaram nossa rotina de alguma forma.

Como não poderia deixar de acontecer, e percebo que não foi somente comigo, aprendi muito durante o último ano, mudei de ideias algumas vezes no decorrer da pandemia (meu palpite era de que a fase ruim não duraria até setembro/20 – afirmei isso em alguns grupos - e obviamente, estava completamente enganado).
Claramente era torcida minha, não era uma opinião fundamentada. Nos meses que se passaram, me questionei, me alegrei e me decepcionei como todo cidadão. Mas precisamos seguir em frente, fazer a nossa parte sempre. Até porque devemos isso aos nossos pacientes/clientes, uma vez que eles confiam e entregam sua saúde em nossas mãos.

Muitas novidades foram-me impostas na atuação profissional, tanto como dentista quanto como professor/consultor da empresa. No consultório, o que mais marcou foi que tive um feedback maravilhoso de clientes que, assim que possível, retomaram ou iniciaram novos tratamentos por confiar plenamente em nossos protocolos de biossegurança (as clínicas que já davam a importância devida a esse aspecto do atendimento colheram frutos, sendo mais fácil para esses se adaptarem ao “novo normal”)

Como professor, experiências novas, algumas que vieram para ficar (reuniões e aulas online são realidade hoje) e outras que estou ansioso para que retornem ao “antigo normal”. (alguém imagina ministrar ou assistir a um hands on online?
Já tentamos e sinceramente, não gostei da experiência). Nada substitui o ensino presencial, ao vivo e à cores, com troca de experiências e de sensibilidade, com o toque físico mostrando ao aluno o caminho certo do “como fazer”, com CLÍNICA e PROCEDIMENTOS.
Diferente de outras áreas, a odontologia precisa do contato entre paciente e profissional, pelo menos por enquanto.

Sei que não será fácil, sei que a pandemia deixará marcas tristes em nossos corações, e que teremos que enfrentar alguns obstáculos, mas vamos nos adaptar da melhor forma, vários exemplos estão aí para nos motivar. Precisamos nos ajudar mais, trocar ideias e soluções para nosso futuro como profissão. 
Dr. Gustavo de Deus.