O desafio da atrofia óssea em pacientes idosos

A atrofia óssea em pacientes idosos é um desafio na reabilitação oral. Tratar casos complexos de perda óssea exige uma abordagem clínica diferenciada, pois com o avanço da idade, o processo se torna mais evidente, especialmente em pacientes que sofreram perda dentária ao longo dos anos.

Fatores como osteoporose, doenças sistêmicas crônicas e o uso prolongado de próteses removíveis tendem a agravar a atrofia óssea em pacientes idosos. Além de comprometer a estética e a funcionalidade oral, a condição limita as opções de tratamento, especialmente em casos de implantes dentários. 

Diante desse cenário, conhecer as causas, os impactos e as estratégias disponíveis para lidar com a perda óssea nesse perfil de paciente é essencial para proporcionar reabilitações previsíveis e menos invasivas. 

Quais as principais causas da atrofia óssea em idosos?

A atrofia óssea alveolar é um dos desafios mais recorrentes na prática clínica odontológica, especialmente em pacientes idosos. 

O processo de perda óssea pode comprometer a estabilidade e o sucesso de reabilitações orais, o que torna essencial ter uma escuta ativa e entender as causas antes do planejamento, focando em intervenções eficazes e de acordo com o quadro do paciente.  

Os principais causadores são:

 

Edentulismo prolongado 

O edentulismo é uma das principais causas de atrofia óssea. A ausência de dentes reduz o estímulo funcional sobre o osso alveolar, acelerando sua reabsorção. 

O osso alveolar sem a presença de raízes dentárias é pouco a pouco reabsorvido, já que o corpo entende que não tem função na região e suas reservas de cálcio podem ser direcionadas para outras regiões do corpo.

Pacientes que permanecem edêntulos por longos períodos tendem a apresentar uma perda significativa, especialmente na região posterior da mandíbula e na maxila, onde o osso é mais esponjoso.

Doenças periodontais não tratadas

A periodontite avançada contribui diretamente para a perda óssea, podendo resultar em uma atrofia severa. 

A destruição progressiva do tecido ósseo de suporte dos dentes afeta a função mastigatória, como também limita as opções de reabilitação com implantes dentários.

Alterações sistêmicas 

Pacientes idosos frequentemente apresentam condições sistêmicas que influenciam o metabolismo ósseo, como por exemplo:

  • Osteoporose: reduz a densidade óssea e aumenta a suscetibilidade à reabsorção.  

  • Diabetes Mellitus: afeta a vascularização e o reparo ósseo, podendo agravar a perda óssea ao longo do tempo.

  • Deficiências nutricionais: a ingestão inadequada de cálcio e vitamina D compromete a manutenção do tecido ósseo.  

Trauma e extrações dentárias mal conduzidas  

Traumas repetitivos e extrações sem preservação óssea aumentam o risco de atrofia. A ausência de técnicas de preservação do alvéolo agrava a reabsorção óssea, além de comprometer a instalação de implantes futuros.  

Próteses mal adaptadas

O uso prolongado de próteses totais mal adaptadas pode resultar em sobrecarga mecânica e reabsorção progressiva do osso alveolar, especialmente em regiões submetidas a maior pressão durante a mastigação.  

Fatores genéticos 

A predisposição genética também desempenha um papel relevante. Pacientes com histórico familiar de perda óssea acelerada podem apresentar um padrão de atrofia mais acentuado, mesmo em condições de estímulo funcional adequado.

Impacto da atrofia óssea na reabilitação oral

Os principais impactos da atrofia óssea estão relacionados à funcionalidade e estética do paciente. A redução do volume ósseo limita a estabilidade e a retenção das próteses convencionais, comprometendo a mastigação, a fonética e a aparência facial. A perda óssea alveolar leva o paciente a uma perda de dimensão vertical do terço inferior da face, e isso traz um aspecto mais envelhecido à face. 

Do ponto de vista clínico, essa condição representa um desafio técnico, exigindo dos profissionais estratégias avançadas para assegurar o sucesso dos implantes dentários.  

Exemplos de estratégias para contornar a limitação óssea:

Quando falamos de reabilitação oral em pacientes idosos, frequentemente nos deparamos com desafios relacionados à limitação óssea, tanto em altura quanto em espessura. 

A perda óssea ao longo dos anos, associada aos fatores citados, pode dificultar ou até mesmo inviabilizar a instalação convencional de implantes dentários. 

No entanto, as inovações em biomateriais, técnicas regenerativas e tipos diferenciados de implantes ampliaram as possibilidades terapêuticas ao oferecerem soluções seguras e eficazes para essa população.

Antes de qualquer intervenção, a avaliação clínica e radiográfica detalhada é imprescindível. Exames de tomografia computadorizada do tipo cone beam e de escaneamento intraoral, como o realizado pelo Straumann SIRIOS™, permitem uma análise tridimensional do osso e tecidos moles residuais, pois permitem a identificação de áreas críticas e auxiliam no planejamento virtual da cirurgia guiada.  

A partir dessa análise, o plano de tratamento pode incluir abordagens alternativas que maximizem o suporte ósseo disponível ou promovam a regeneração óssea guiada.

Algumas das principais estratégias para contornar a limitação óssea são:

1. Implantes curtos

Uma das soluções mais promissoras para evitar procedimentos invasivos, como grandes enxertos ósseos, é o uso de implantes curtos e estreitos. Eles permitem a instalação em áreas com baixa disponibilidade óssea, reduzindo o tempo de tratamento e os riscos associados.

Indicados para pacientes com perda óssea moderada na região posterior da mandíbula ou maxila, os implantes curtos (< 6 mm), como o Straumann® TL 4mm, surgiram como uma alternativa eficaz em casos de limitação óssea vertical. 

Quando a reabsorção óssea maxilar é severa, os implantes curtos da Straumann são uma excelente alternativa, reduzindo a necessidade de procedimentos reconstrutivos. Esses implantes oferecem vantagens claras, como por exemplo:  

  • Cirurgias menos invasivas: reduzem o tempo de tratamento e o risco de complicações.  

  • Recuperação mais rápida: facilita o retorno do paciente às atividades diárias.

  • Possibilidade de carga imediata: especialmente indicados para casos complexos, acelerando a finalização do tratamento. 

Os implantes Straumann® BLX e Straumann® TLX são exemplos de implantes projetados para oferecer alta estabilidade primária, mesmo em situações de osso limitado. O design dessas soluções, entre outras características, favorecem a osseointegração e proporcionam resultados previsíveis, mesmo em pacientes com condições ósseas desafiadoras.

2. Enxertos ósseos

Os procedimentos de enxertia óssea continuam sendo uma estratégia amplamente utilizada, especialmente em pacientes com perda óssea horizontal ou vertical significativa.

Entre as técnicas mais comuns, destacam-se:

  • Elevação do seio maxilar (sinus lift) para ganho de altura óssea na região posterior da maxila.

  • Enxerto em bloco autógeno, coletado de áreas intraorais (mento, ramo mandibular) ou extraorais (crista ilíaca).

  • Regeneração óssea guiada (ROG), utilizando membranas de barreira e biomateriais, como enxertos de origem bovina ou sintética.

Dentro desse contexto, materiais como o Cerabone®, um enxerto ósseo de origem bovina altamente purificado e com excelente capacidade osteocondutora, desempenham um papel essencial na regeneração óssea. 

Além disso, a membrana Jason®, feita de pericárdio nativo, oferece uma solução eficaz para a estabilização do enxerto e a proteção do tecido regenerado, garantindo previsibilidade nos resultados clínicos.

Essas abordagens permitem uma reabilitação segura e eficiente, proporcionando melhor previsibilidade na instalação de implantes dentários e na reconstrução do volume ósseo perdido.

3. Cirurgia guiada 

A cirurgia guiada tem revolucionado a implantodontia ao proporcionar maior precisão no posicionamento dos implantes, mesmo em áreas com restrição óssea. 

O planejamento virtual facilita a escolha do tamanho ideal do implante, e evita estruturas anatômicas críticas. Além disso, permite a confecção prévia de guias cirúrgicos, otimizando o tempo clínico e melhorando a previsibilidade do tratamento.  

O coDiagnostiX® é um software desenvolvido pela Straumann, com o objetivo de planejar procedimentos cirúrgicos com apoio da inteligência artificial. É uma solução que ajuda a proteger estruturas anatômicas críticas, principalmente em idosos.

Com ele é possível garantir resultados previsíveis aos pacientes, através de um planejamento de tratamento digital de alta qualidade e procedimentos guiados. Para saber mais, baixe a versão de demonstração e conheça todo o potencial da ferramenta para a sua prática clínica.

4. Implantes inclinados

As técnicas de reabilitação total com implantes inclinados, como o Straumann Pro Arch permite protocolos de tratamento personalizados para restaurações de arcada completa com fixação implantossuportada.

Importância da utilização estratégica

de soluções regenerativas

Sabemos que a previsibilidade e o sucesso a longo prazo dos tratamentos com implantes dentários dependem diretamente da qualidade e quantidade óssea disponíveis, bem como da resposta óssea ao redor dos implantes.

Nesse contexto, as soluções regenerativas desempenham um papel fundamental na promoção de um ambiente favorável à osseointegração e manutenção dos tecidos peri-implantares. 

A Straumann, referência global em implantodontia, desenvolveu soluções regenerativas inovadoras para procedimentos de aumento ósseo e regeneração tecidual guiada, oferecendo previsibilidade e segurança nos tratamentos.

Materiais como enxertos, membranas, matrizes e derivados do esmalte oferecem uma alternativa menos invasiva em comparação aos enxertos autógenos. São soluções que se destacam no mercado, principalmente quando nos referimos a:

  • Previsibilidade clínica: as soluções regenerativas são testadas e validadas cientificamente, garantindo alta performance em diferentes tipos de defeitos ósseos.  

  • Biocompatibilidade e segurança: produtos com excelente integração biológica e risco mínimo de rejeição ou reações adversas.  

  • Redução da morbidade: são alternativas ao enxerto autógeno que minimizam complicações e oferecem conforto ao paciente.  

  • Versatilidade: são opções para diversas indicações, desde pequenos defeitos ósseos até atrofias severas, adaptando-se às necessidades específicas de cada caso clínico. 

Conheça algumas das soluções regenerativas da Straumann indicadas para casos de atrofia óssea em pacientes idosos:

Cerabone® (xenógeno de origem bovina)

Biomaterial de matriz mineral estável, ideal para procedimentos de regeneração óssea guiada (ROG). Proporciona uma estrutura osteocondutora e suporte a longo prazo para a neoformação óssea.  

Straumann® Maxresorb

Esse biomaterial sintético é composto por fosfato de cálcio bifásico (60% hidroxiapatita e 40% β-fosfato tricálcico), ideal para procedimentos de regeneração óssea em pequenos defeitos. Sua composição promove reabsorção gradual, substituindo-se pelo osso neoformado.  

Jason® Membrane 

As membranas de colágeno desempenham um papel essencial na regeneração óssea guiada, promovendo a estabilização do enxerto e a exclusão de células indesejáveis. A Jason® Membrane garante longa estabilidade no local do enxerto, proporcionando o tempo necessário para a formação óssea.

Straumann® Emdogain

Solução única baseada em proteínas derivadas do esmalte (amelogeninas) que favorece a regeneração periodontal. Além de estimular a formação óssea, promove a regeneração do tecido conjuntivo e epitelial ao redor do implante, melhorando a resposta peri-implantar e contribuindo para a manutenção dos tecidos a longo prazo.  

A escolha das melhores alternativas, aliada a um planejamento detalhado e execução precisa, garante resultados previsíveis e satisfação tanto para o profissional quanto para o paciente. 

Nesse contexto, as soluções regenerativas da Straumann citadas acima permitem a reabilitação inclusive em condições ósseas desafiadoras, elevando os padrões da Implantodontia.

O tratamento da atrofia óssea em pacientes idosos requer uma abordagem planejada, baseada em avaliação clínica detalhada e técnicas modernas de regeneração e implantação. A limitação óssea não deve ser vista como um obstáculo intransponível, mas sim como uma oportunidade para aplicar técnicas avançadas e personalizadas.

Com o avanço das técnicas e dos materiais, o dentista tem à sua disposição um arsenal terapêutico que transforma a vida dos pacientes idosos, devolvendo não apenas a função mastigatória, mas também a autoestima e a qualidade de vida.  

A Straumann é líder na área de implantodontia, somos reconhecidos mundialmente como referência em produtos e soluções inovadoras. Acesse o nosso portfólio e descubra como revolucionar a sua prática odontológica.